Sim à felicidade!

Sim à felicidade!

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Mais Tratos com Idosos: Um Alerta à Família

MAUS TRATOS COM IDOSOS: UM ALERTA À FAMÍLIA
Jorgete Botelho

Mais um caso de maus-tratos sofrido por um idoso de 93 anos de idade com o mal de Alzheimer. As autoras desse ato eram as suas duas “cuidadoras” (uma com 46 anos de idade e outra com 24 anos).
O fato ocorreu esse ano no interior de São Paulo. A família desconfiada dos hematomas encontrados no corpo da vítima colocou câmeras na casa para comprovar a tortura. Fatos assim acontecem, infelizmente, no mundo inteiro. Em São Paulo são registrados na Delegacia do Idoso 17 casos por dia. Lógico, sem contar com outros tantos que não dão queixa por falta de provas ou de conhecimento.  

Sabemos que as crianças, e atualmente cada vez mais os idosos, encontram-se necessitados de cuidados e conseqüentemente estão mais vulneráveis aos riscos. Umas por não saberem ainda se defender e outros não conseguem, pois estão com sua capacidade de  independência e de autonomia em declínio.
Segundo os conceitos da gerontologia a independência  é medida pela capacidade funcional (andar, comer sozinho, tomar banho, se vestir e etc). E a autonomia é a noção e exercício de autogoverno, liberdade individual, privacidade, livre-escolha.
O número crescente de cuidadoras formais vem crescendo terrivelmente. No Lar em que trabalho 80 % precisam desse atendimento. Hoje é uma oportunidade de trabalho mais lucrativa do que das empregadas domésticas. E aí está o grande perigo! Lidar com idosos requer estrutura emocional, solidariedade, compaixão,  saber  lidar com a velhice, doença e finitude. Isso não é fácil. Há um tempo atrás dei um curso sobre envelhecimento para alunos de psicologia e escutei um comentário a respeito de um deles estar no metrô, sentado no lugar destinado aos idosos, deficientes, gestantes e mães com filho pequeno.  Reclamou dos idosos que pedem para sentar. A pessoa reforçou que pagou a passagem, que chegou primeiro e  que eles vivem passeando de um lado para outro.  Respirei fundo e questionei sua visão sobre os direitos dos idosos e seu interesse para futuramente atender essa faixa etária. Esse exemplo acentua que não é qualquer pessoa que tem condições e afinidades em trabalhar com idosos, seja como cuidador, médico, psicólogo, enfermeiro e etc.
Temos como definição de cuidado o ato ou tarefa de zelar pelo bem-estar de alguém, prestando-lhe assistência, assumindo a responsabilidade e os encargos inerentes a esse caso. O cuidador, portanto, é o ego auxiliar e a função do idoso. Além das habilidades técnicas - nas quais o profissional supervisiona continuamente as atividades de vida diária do idoso - é necessário possuir as habilidades interpessoais (respeito, aceitação, simpatia, compreensão, saber escutar e muita paciência). Hoje várias instituições estão empenhadas em oferecer cursos destinados aos cuidadores . Aqui no Rio, temos várias como a Unati  (UERJ), a Furnas, Hospital Santa Cruz entre outras, que até possuem uma listagem de  profissionais adequados para cada necessidade específica.
Finalizando esse breve comentário, gostaria de orientar aos familiares que ao contratarem esses profissionais indaguem, por exemplo, sobre a sua história pessoal, se possuem idosos na família, o que acham da velhice e do que mais incomoda no idoso. Enfim, fiquem atentos, visitem seus pais em horários diferentes, valorizem alguma reclamação ou mudança de humor (agressividade, apatia, nervosismo, tremor...).
O idoso que sofreu esses maus tratos morava com a esposa, que possivelmente também foi vítima, e que já algum tempo passou a não falar e andar.                                                                                                  http://youtu.be/xloB_yVSQbkhttp://youtu.be/NHn58EQNCg4

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por comentar, aproveitem para deixar suas dicas.